segunda-feira, 22 de junho de 2009

A humildade não passa por ali!

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Acompanhei a entrevista do Sócrates e confesso que fiquei preocupado. Apesar de parecer mais "manso", tipo Madalena arrependida - influência dos técnicos fazedores de imagem - parece que o homem não aprendeu nada e, por este caminho, vai apanhar um banho gelado nas próximas eleições. Na minha modesta opinião, o PS perdeu as eleições porque, para lá de opções políticas polémicas, foi incapaz de dialogar com as forças sociais, convencido que a razão estava sempre do seu lado. Teve imensos tiques de autoritarismo, fazendo lembrar o Cavaco da maioria absoluta! Tenho dúvidas que a focalização no centro traga bons ventos! Vamos ver se o homem ainda tem capacidade para conseguir vencer esta maré negra! O que poderá ser dramático, porque a alternativa de poder pode tornar o país num BPN!
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terça-feira, 16 de junho de 2009

Por favor respeitem o Martim!

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Uma mãe é obrigada a recorrer a greve da fome para recuperar o filho! Espanta-me que num País que considera a família a base essencial da sociedade, haja um juiz (também perturbado, segundo parece) que rouba o Martim à mãe e o dá para adopção. Que merda de justiça esta? Os juízes perderam definitivamente o juízo? E não há ninguém com bom senso (Igreja Católica, IAC ou Refúgio Aboim Ascensão, que parecem querer justificar a sua existência com a desgraça alheia!...) que defenda a criação de condições para a entrega do Martim à mãe, que deverá ser acompanhada por técnicas da Segurança Social ou pela até agora inócua Comissão de Protecção de Menores.
Este caso parece confirmar que os Tribunais de Família também estão perto da insanidade mental e os seus erros judiciais continuam a condenar outras crianças perante o silêncio cúmplice de tantos responsáveis.
É urgente garantir um cuidado e intensivo apoio a famílias disfuncionais para que possam ter condições psicológicas e sócio-económicas para cuidar dos seus filhos. É urgente garantir os direitos de cada criança!
Será difícil ter um pouco de sabedoria para decidir com bom senso?
Por favor, respeitem o Martim!
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Pelo exemplo é que vamos!...

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Apesar de alérgico aos dias de "Qualquer Coisa", por me parecerem ora um artifício para aliviar consciências ora uma oportunidade comercial para explorar gente bem intencionada; apesar de ignorar os discursos alusivos a esses dias por superficiais e, por vezes, hipócritas, gostei de ler a intervenção de António Barreto nas comemorações do 10 de Junho último, que não resisto transcrever a parte que considero mais significativa:

"...Não usemos os nossos heróis para nos desculpar. Usemo-los como exemplos. Porque o exemplo tem efeitos mais duráveis do que qualquer ensino voluntarista.
Pela justiça e pela tolerância, os portugueses precisam mais de exemplo do que de lições morais.
Pela honestidade e contra a corrupção, os portugueses necessitam de exemplo, bem mais do que de sermões.
Pela eficácia, pela pontualidade, pelo atendimento público e pela civilidade dos costumes, os
portugueses serão mais sensíveis ao exemplo do que à ameaça ou ao desprezo.
Pela liberdade e pelo respeito devido aos outros, os portugueses aprenderão mais com o exemplo do que com declarações solenes.
Contra a decadência moral e cívica, os portugueses terão mais a ganhar com o exemplo do que com discursos pomposos.
Pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo, os portugueses seguirão o exemplo com mais elevado sentido de justiça.
Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo. Exemplo dos seus maiores e dos seus
melhores. O exemplo dos seus heróis, mas também dos seus dirigentes. Dos afortunados, cujas
responsabilidades deveriam ultrapassar os limites da sua fortuna. Dos sabedores, cuja primeira preocupação deveria ser a de divulgar o seu saber. Dos poderosos, que deveriam olhar mais para quem lhes deu o poder. Dos que têm mais responsabilidades, cujo "ethos" deveria ser o de servir.
Dê-se o exemplo e esse gesto será fértil! Não vale a pena, para usar uma frase feita, dar "sinais de esperança" ou "mensagens de confiança". Quem assim age, tem apenas a fórmula e a retórica. Dê-se o exemplo de um poder firme, mas flexível, e a democracia melhorará. Dê-se o exemplo de honestidade e verdade, e a corrupção diminuirá. Dê-se o exemplo de tratamento humano e justo e a crispação reduzir-se-á. Dê-se o exemplo de trabalho, de poupança e de investimento e a economia sentirá os seus efeitos.
Políticos, empresários, sindicalistas e funcionários: tenham consciência de que, em tempos de
excesso de informação e de propaganda, as vossas palavras são cada vez mais vazias e inúteis e de que o vosso exemplo é cada vez mais decisivo. Se tiverem consideração por quem trabalha, poderão melhor atravessar as crises. Se forem verdadeiros, serão respeitados, mesmo em tempos difíceis.
Em momentos de crise económica, de abaixamento dos critérios morais no exercício de funções empresariais ou políticas, o bom exemplo pode ser a chave, não para as soluções milagrosas, mas para o esforço de recuperação do país."


Obrigado António, por este momento de lucidez (não há dúvida que a idade por vezes torna as pessoas mais sábias!)

Para os interessados em conhecer o discursos completo, aqui fica o caminho:

http://static.publico.clix.pt/docs/politica/antonio_barreto_10062009.pdf
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domingo, 14 de junho de 2009

É tempo!...

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Terminadas as eleições europeias e afiadas as facas os para novos circos eleitorais, vou perguntando que tempo é este (e salta-me à memória o poema da sempre presente Sophia):

Data

Tempo de solidão e de incerteza
Tempo de medo e tempo de traição
Tempo de injustiça e de vileza
Tempo de negação
Tempo de covardia e tempo de ira
Tempo de mascarada e de mentira
Tempo de escravidão
Tempo dos coniventes sem cadastro
Tempo de silêncio e de mordaça
Tempo onde o sangue não tem rasto
Tempo da ameaça

Eu diria que é tempo de reflexão e de mudança, que é tempo fazer uma barrela política, dando prioridade política a pessoas honestas, que ainda privilegiam o interesse dos cidadãos!
É tempo bloquear o acesso dos ladrões, dos mentirosos (que tanto prometem nas campanhas eleitorais e nunca cumprem quando Governo), dos arrogantes e dos medíocres a cargos de responsabilidade política!
É tempo de rigor e de decência, que nos façam acreditar em Portugal!
É tempo de ter memória e e agir!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Eleições europeias!

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A campanha eleitoral está na fase final! Há um mês atrás ainda tinha dúvidas sobre a utilidade do meu voto. Ouvindo o circo político-partidário e a ausência de propostas dos candidatos fiquei com uma certeza: o meu voto não serve para nada, a não ser para dar credibilidade às eleições diminuindo a abstenção. Se houvesse interesse em ouvir a minha opinião como cidadão tinham-me dado oportunidade de referendar o Tratado de Lisboa.
Fiquei com a certeza que o Parlamento Europeu não tem qualquer utilidade para a Europa e para os cidadãos. Conversas da treta, como diriam dois actores da nossa praça que prezo!
Depois, uma União Europeia novamente com Durão Barroso como presidente não me seduz nem merece a minha confiança. A sua incompetência ficou patente, como se vê pelo estado débil da Europa. O cheiro bafiento do seu neo-liberalismo e a sua hipocrisia política causa-me náuseas!
Por isso, estes dirigentes e esta Europa, não obrigado!
Contem com o meu voto nas eleições legislativas e nas autárquicas!